terça-feira, 24 de setembro de 2019

Antonio Francisco Cordelista * Antonio Cabral Filho - RJ

Antonio Francisco 
-Foto: Senado-

Vídeo do poeta mossoroense Antonio Francisco Teixeira de Melo homenageando Jorge Figueiredo ( Ser Tão Nordestino ) tendo ao lado, de camisa vermelha, outro cordelista, o poeta Evandro Cunha. 

SER TÃO NORDESTINO / FACEBOOK
https://www.facebook.com/nordestinosertao/


Informe Biográfico
Antônio Francisco Teixeira de Melo (Mossoró, 21 de outubro de 1949) é um cordelista potiguar.
Biografia

É filho de Francisco Petronilo de Melo e Pêdra Teixeira de Melo.

Graduado em História pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Poeta popular, cordelista, xilógrafo e compositor, ainda confecciona placas.

Aos 46 anos, muito tardiamente, começou sua carreira literária, já que era dedicado ao esporte, fazia muitas viagens de bicicleta pelo Nordeste e não tinha tempo para outras atividades. Muitos de seus poemas já são alvo de estudo de vários compositores do Rio Grande do Norte e de outros estados brasileiros, interessados na grande musicalidade que possuem ele estudou na escola situada em mossoro na (UFRN)

Em 15 de Maio de 2006, tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel, na cadeira de número 15, cujo patrono é o saudoso poeta cearense Patativa do Assaré. A partir daí, já vem sendo chamado de o “novo Patativa do Assaré”, devido à cadeira que ocupa e à qualidade de seus versos.

Obras

Poemas de sua autoria, editados em forma de folhetos de cordel ou reunidos em livros.
Reunidos recentemente no livro Dez Cordéis num Cordel Só, da Editora Queima Bucha, de Mossoró - RN:
Meu Sonho
Aquela dose de amor
O Guarda- Chuva de Prata
As seis moedas de ouro
Do outro lado do véu
A oitava maravilha ou A lenda de Cafuné
Os sete constituintes ou Os animais têm razão
O feiticeiro do sal
A cidade dos cegos ou História de pescador
A Arca de Noé
Confusão no cemitério
O ataque de Mossoró ao bando de Lampião
A lenda da Ilha Amarela
Um conto bem contado
A casa que a fome mora
Um bairro chamado Lagoa do Mato
O duelo de bengala
Uma carrada de gente
No topo da vaidade
Uma carta para a alma de Pero Vaz de Caminha
Uma esmola de sombra
O rio de Mossoró e as lágrimas que derramei
O lado bom da preguiça
A resposta
De calça curta e chinela

(Fonte: Wikipedia)
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domingo, 25 de novembro de 2018

Oscar D'Alva / Antonio dos Reis Carvalho * Antonio Cabral Filho - Rj

Oscar D'Alva / Antonio dos Reis Carvalho
(in Sonetos Vol1, Jaboatão dos Guararapes EGM, s.d. 154 p. Editor Edson Guedes de Moraes. O Volume contém 148 sonetos de uma centena de poetas brasileiros e portugueses. Biblioteca Antonio Miranda.)
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Plenilúnios
Antonio dos Reis Carvalho é o poeta Oscar D'Alva em pseudônimo. Nasceu em São Luis, Maranhão, em 1874. Era poeta, ensaísta, teatrólogo, jornalista e professor. Faleceu no Rio de Janeiro em 1946. Editou apenas um livro, o Plenilúnios, que tenho notícias, pela Editora Laemmert, do Rio de Janeiro, em 1903, prefaciado por Arthur Azevedo.

Soneto

HORA DE TÉDIO 

[Oscar D'Alva] 

Quando a sós na existência meditando
Triste, revivo malogrados dias, 
Ao recordar mais dores que alegrias, 
O coração se sente miserando. 

Punge-me n'alma fundas agonias 
De uma vida passada o bem pregando 
Em toda a parte, e apenas encontrando 
Insolências, insultos, ironias... 

Os gozos são efêmeros fulgores 
Que minha alma lembrando hoje revive; 
O mais são mágoas, lutos, dissabores... 

Então sinto — ao pensar que não gozei — 
Saudade de prazeres que não tive, 
Esperança de bens que não terei!
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Rascunhos Atribuídos
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 &
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Soneto O Descobrimento
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Citação
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Fontes:
Portal Catarina
http://portalcatarina.ufsc.br/autores/?id=7611
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Sonetário Brasileiro
http://www.elsonfroes.com.br/sonetario/saudoso.htm
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Portal Antonio Miranda
- Poetas Maranhenses -
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/maranhao/oscar_d_alva.html
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Levy Leiloeiro
https://www.levyleiloeiro.com.br/peca.asp?ID=395478 
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domingo, 18 de novembro de 2018

Antonio Lino / Araquém Alcântara: Branco Vivo * Antonio Cabral Filho - Rj

Antonio Lino: Quem é...

Antonio Lino nasceu em São Paulo, em 1978. Formado em Comunicação Social, trabalha há mais de quinze anos como redator independente para organizações da sociedade civil e para o governo, escrevendo sobre temas como políticas públicas de juventude, meio ambiente e cultura popular. Durante um ano e três meses, morou numa Kombi e percorreu mais de trinta mil quilômetros pelo Brasil. Em 2011, publicou o livro Encaramujado, que reúne suas crônicas de viagem. Atualmente, depois de uma temporada de dez meses na África, o autor prepara um romance sobre a história da Libéria. Mais informações em www.antoniolino.com.br.  

Araquém Alcântara: Quem é...
Araquém Alcântara nasceu em Florianópolis em 1951 e é um dos mais importantes fotógrafos em atuação no país. Desde 1970, se dedica integralmente à documentação da natureza e do povo brasileiro. É autor de mais de quarenta livros, como Terra Brasil (1997), Brasileiros (2004), Amazônia (2005), Bichos do Brasil (2008) e Sertão sem fim (2009). Premiado nacional e internacionalmente, já teve mais de setenta exposições individuais. Priorizando a fotografia como expressão plástica e instrumento de transformação social, é um dos mais combativos artistas em defesa do patrimônio natural do país. Mais informações em www.araquem.com.br.  
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BRANCO VIVO
https://pt.calameo.com/read/00189307358136b9e002c 
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terça-feira, 7 de agosto de 2018

Antonio Thomás - de Acarau * Antonio Cabral Filho - RJ

Antonio Thomás - de Acarau
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Biografia
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Biografia(*) - l868 / (+) - 1941


Demócrito Rocha, através de sua revista Ceará Ilustrado, em 1924, lançou concurso para saber quem era o Príncipe dos Poetas Cearenses. O padre Antônio Thomaz, sem livro de poesia publicado — colaboração esparsa em jornais e revistas —, foi o ganhador. Consta mesmo que, numa das cláusulas de seu testamento, pedia que seus poemas nunca fossem reunidos. Parece que até hoje os cearenses cumprem tal determinação, o que não tem impedido o poeta de aparecer em várias antologias nacionais. 

Mais de cem sonetos espalhados por várias publicações, o padre Antônio Thomaz começa mesmo a estampar a sua obra dispersa em 1901, através do jornal A República, não tendo mais parado. Não que se empenhasse para publicar, mas porque os admiradores e amigos iam atrás dele em busca de seus sonetos. Romantismo, eivado de simbolismo, às voltas com a forma parnasiana, o poeta não fugiu ao emblemático poético de seu tempo. 

O padre Antônio Thomaz nasceu no dia 14 de setembro de 1868, em Acaraú. Raimundo de Menezes registra Antônio Thomaz de Sales, filho do professor Gil Thomaz Lourenço e Francisca Laurinda da Frota. Em Sobral estudou as primeiras letras, latim e francês, entrando para o Seminário de Fortaleza, onde se ordena em 1891. 

Tendo feito voto de pobreza, Antônio Thomaz passou praticamente toda a sua vida em paróquias do interior, levando vida modesta e apagada, dedicado à missão, escrevendo versos e cuidando dos passarinhos, como lembra Raimundo Girão. Após o apostolado, não tanto anônimo por causa do ser poeta, Antônio Thomaz vai morar em Santana. A saúde anda precária e se muda para Sobral e, no fim da vida, para Fortaleza, onde morre no dia 16 de julho de 1941. 

Foi sepultado na Matriz de Santana. Atendendo os amigos ao seu pedido foi sepultado sem caixão ou lápide para marcar-lhe a sepultura. "Quero ainda que meu corpo seja enterrado sem esquife, e que a pedra da sepultura seja reposta no mesmo plano ficando debaixo do chão, e que não se ponha em tempo algum, sobre ela, nome, data, inscrição ou qualquer sinal exterior que a faça lembrada". Esqueceu-se o poeta, no entanto, de queimar os seus versos, e vive, lembrado e imortal, por causa deles. 
(in Jornal de Poesia)

Obra


CONTRASTE

Quando partimos, no vigor dos anos,
Da vida pela estrada florescente,
As Esperanças vão conosco à frente
E vão ficando atrás os Desenganos.

Rindo e cantando, céleres e ufanos,
Vamos marchando descuidadosamente...
Eis que chega a velhice de repente,
Desfazendo ilusões, matando enganos.

Então nós enxergamos claramente,
Quanto a existência é rápida e falaz
E vemos que sucede exatamente

O contrário dos tempos de rapaz:
- Os Desenganos vão conosco à frente
E as Esperanças vão ficando atrás!

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(Colaboração do Primo José Fabiano, poeta, escritor, trovador, mineiro residente em Portugal.)
...
Iconografia


Dinorá Tomás Ramos,
sobrinha e afilhada do nosso 
"Príncipe dos Poetas Cearenses". A edição acima foi realizada pela Tipografia Paulina Editora. Fortaleza - CE 1950. Traz no alto da página de rosto a assinatura de uma possível dona do exemplar número 001288, com o autógrafo da autora, datado de 20/09/950. 
A autora em foto no presente livro. A seguir um soneto da mesma homenageando o tio:

Padre Antonio Tomás
(cenas que ficam)

Ao Tio amigo e vate aprimorada,
(agora mais doente, em recaída),
acompanhando vou, na despedida,
que faz aqui, à Sede do Bispado.

Nesse curto trajeto vai calado,
levando ainda a mente perseguida
de alguma doce inspiração nascida
das musas; delas sempre arrebatado.

Desperta, enfim, do êxtase tão forte;
estanca n'alma o estro que fervilha
e, logo, baixa o pensamento à morte.

Uma frase, então, aos lábios seus aflue:
"Como é tão curta a vida, minha filha,
a tanta aspiração que se possue!"

Maio de 1941
&
Resumo biográfico
DINORA TOMAS RAMOS


Professora Dinorah Ramos deixou sua marca registrada na família, na poesia, na educação, na política, no trabalho social, na religião e em outros ramos da atividade humana. Além disso, sua longa existência foi recheada de bons exemplos de filha, sobrinha, esposa, mãe, mestra e amiga, com dedicação extrema ao Bem e à constante evolução do ser humano.
Dinorah Thomaz Ramos nasceu em Santana do Acaraú no dia 8 de outubro de 1906, sendo seus pais o tabelião Francisco Thomaz Lourenço e Dona Marieta Farias. Aprendeu as primeiras letras com o pai, que era poeta, e teve o restante de sua educação acompanhada pelo tio, Pe. Antônio Thomaz, Príncipe dos Poetas cearenses. Com ele também aprendeu a ler e escrever em três idiomas e desenvolveu o gosto pela poesia e pela música, chegando a tocar violino e bandolim.
Desde cedo a pequena Dinorah dava sinais de sua inteligência e de que seria uma professora por vocação. Já aos oito anos de idade auxilia sua tia Benvinda na Escolinha particular em Santana; aos dezesseis, lecionava com dona Mocinha Rodrigues, em Sobral; aos vinte e um anos, atuava no Grupo Escolar de Acaraú.
A 26 de julho de 1929 Dinorah casou-se com o farmacêutico guaramiranguense Dr. João Ribeiro Ramos, intelectual de renome, cujo consórcio durou 61 anos. Durante cinqüenta e três (1936 a 1989) o casal residiu na cidade de Sobral, enriquecendo-a com sua intelectualidade e com seu exemplo de vida. Dessa união nasceram dez filhos: Francisco Marcelo (in memoriam), Francisco Aroldo (in memoriam), Maria Evangelina, Francisco Manfredo, Francisco Haroldo, Maria Heloísa, nascidos em Acaraú, e Marieta, Joaquina Maria, Tereza Maria e Francisco Antônio, em Sobral. Todos figuram como destaque em diversas áreas, dentre as quais, engenharia, medicina, matemática, religião, advocacia, indústria e magistério.
Como poetisa, sua obra dividiu-se entre o Parnasianismo e o Modernismo. Coube à filha Profª. Tereza Ramos enfeixar em forma de CD vinte e cinco dos principais poemas. Dinorah Ramos publicou dois livros: :Padre Antônio Thomaz - Príncipe dos Poetasî e Anel de Gigesî.
Dotada de forte inspiração e constante espírito criativo, a poetisa tinha o costume de escrever versos sem nenhum prévio ritual. Fazia assim em qualquer situação, em qualquer pedaço de papel, sem o devido cuidado de guardá-lo.
Dinorah é luz, como explica a origem do próprio nome. Além do grande exemplo de esposa, mãe e amiga, a educadora deixou uma enorme lista de serviços prestados à educação. Constata-se isso na sua passagem pelas escolas de Santana do Acaraú; nas da cidade de Acaraú; em Sobral, no Ginásio São José, nos colégios Santana e Estadual D. José Tupinambá da Frota, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (Faculdades de Filosofia e Ciências Contábeis) e na Academia Sobralense de Estudos e Letras (ASEL). Nela, Dinorah Ramos ocupou a Cadeira nº 27, cujo patrono é o poeta Antônio Sales. Atualmente é ocupada pela educadora e psicopedagoga, Professora Tereza Maria Ramos Fonteles, filha da poetisa.
Também foi marcante a atuação de Dinorah Ramos na imprensa da região, tendo colaborado em vários jornais: O Acaraú, Gazeta de Notícias e Correio da Semana, dentre outros. Mulher de força e fé demonstradas em suas ações e pioneira na política ao tornar-se a primeira mulher eleita vereadora no Ceará. Em 1934 foi eleita à Câmara Municipal de Acaraú; Em 1958, já em Sobral, repetiu o feito, elegeu-se para cumprir o mandato de 1959 a 1962, tornando-se pioneira em ambas as cidades. Também teve destacada atuação nos clubes de serviço locais, nos movimentos familiares cristãos, além do valoroso trabalho como voluntária de São Francisco. Por último, numa grande prova de amor à Cultura, chegou a formar-se em Direito na terceira idade, já avó. Esse feito serviu de magnífico exemplo e incentivo para pessoas de todas as faixas etárias, da família ou não.
A professora e poetisa Dinorah Thomaz Ramos faleceu aos 83 anos, em Fortaleza (CE), no dia 29 de agosto de 1990, sendo sepultada no Cemitério Parque da Paz daquela capital. Seu esposo, Dr. João Ribeiro Ramos, faleceu aos 94 anos, em 12 de maio de 2000, em Fortaleza, onde também está sepultado.
Homenagens:
Em Sobral, a célebre educadora empresta seu nome à Rua Poetisa Dinorah Thomaz Ramos (CEP-62030-470), localizada no Bairro do Junco. Ela também é lembrada na Escola Dinorah Tomaz Ramos, localizada na Rua Pintor Lemos, no Bairro da Santa Casa e o terceiro piso da Câmara de Vereadores recebe o seu nome. Ainda em Sobral, anualmente a Câmara concede o Diploma Mulher Admirável Dinorah Thomaz Ramos a mulheres que se destacam atuando em prol da comunidade.

Já em Acaraú, em 2005 a Câmara Municipal também instituiu a comenda “Poetisa Dinorah Thomaz Ramos”. A honraria é concedida às mulheres que tem trabalho relevante naquele município.
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 Fontes
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Jornal de Poesia
http://www.jornaldepoesia.jor.br/pantonio.html 
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Portal Antonio Miranda
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/ceara/antonio_thomaz.html 
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Academia Sobralense de Letras
http://academiasobralense.blogspot.com/2011/03/ 
.
1 - Texto em pdf da ASL
http://www.academiacearensedeletras.org.br/revista/revistas/1987_88/ACL_1987_1988_19_Amor_e_poesia_vida_Ribeiro_Matos.pdf 
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2 - Texto em pdf da ASL
http://www.academiacearensedeletras.org.br/revista/Colecao_Diversos/ACL_Antologia_1994/ACL_1994_15_Antologia_da_Academia_Cearense_de_Letras_Ribeiro_Ramos.pdf 
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Escola Dinorá Tomás Ramos
https://www.facebook.com/Escola-Dinorah-Tomaz-Ramoz-1469554669983628/?__xts__[0]=68.ARBcIGOzxuRzbkGj2fdFluWVu_iJMane-BMbmQiXuwEqwQmK3g90qlJswPZMUi3cMW9SikeKMQwIwFMekb90gs3xirrE2XTDzfGbYPfwG5zQ9n06ucobX-6gwzpzgsZi7QiL4I8 
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