Antonio Thomás - de Acarau
***
...
Iconografia
"Príncipe dos Poetas Cearenses". A edição acima foi realizada pela Tipografia Paulina Editora. Fortaleza - CE 1950. Traz no alto da página de rosto a assinatura de uma possível dona do exemplar número 001288, com o autógrafo da autora, datado de 20/09/950.
A autora em foto no presente livro. A seguir um soneto da mesma homenageando o tio:
Padre Antonio Tomás
(cenas que ficam)
Ao Tio amigo e vate aprimorada,
(agora mais doente, em recaída),
acompanhando vou, na despedida,
que faz aqui, à Sede do Bispado.
Nesse curto trajeto vai calado,
levando ainda a mente perseguida
de alguma doce inspiração nascida
das musas; delas sempre arrebatado.
Desperta, enfim, do êxtase tão forte;
estanca n'alma o estro que fervilha
e, logo, baixa o pensamento à morte.
Uma frase, então, aos lábios seus aflue:
"Como é tão curta a vida, minha filha,
a tanta aspiração que se possue!"
Maio de 1941
&
Resumo biográfico
Professora Dinorah Ramos deixou sua marca registrada na família, na poesia, na educação, na política, no trabalho social, na religião e em outros ramos da atividade humana. Além disso, sua longa existência foi recheada de bons exemplos de filha, sobrinha, esposa, mãe, mestra e amiga, com dedicação extrema ao Bem e à constante evolução do ser humano.
Fontes
...
Jornal de Poesia
http://www.jornaldepoesia.jor.br/pantonio.html
.
Portal Antonio Miranda
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/ceara/antonio_thomaz.html
.
Academia Sobralense de Letras
http://academiasobralense.blogspot.com/2011/03/
.
1 - Texto em pdf da ASL
http://www.academiacearensedeletras.org.br/revista/revistas/1987_88/ACL_1987_1988_19_Amor_e_poesia_vida_Ribeiro_Matos.pdf
.
2 - Texto em pdf da ASL
http://www.academiacearensedeletras.org.br/revista/Colecao_Diversos/ACL_Antologia_1994/ACL_1994_15_Antologia_da_Academia_Cearense_de_Letras_Ribeiro_Ramos.pdf
.
Escola Dinorá Tomás Ramos
https://www.facebook.com/Escola-Dinorah-Tomaz-Ramoz-1469554669983628/?__xts__[0]=68.ARBcIGOzxuRzbkGj2fdFluWVu_iJMane-BMbmQiXuwEqwQmK3g90qlJswPZMUi3cMW9SikeKMQwIwFMekb90gs3xirrE2XTDzfGbYPfwG5zQ9n06ucobX-6gwzpzgsZi7QiL4I8
***
Biografia
...
Biografia(*) - l868 / (+) - 1941
Demócrito Rocha, através de sua revista Ceará Ilustrado, em 1924, lançou concurso para saber quem era o Príncipe dos Poetas Cearenses. O padre Antônio Thomaz, sem livro de poesia publicado — colaboração esparsa em jornais e revistas —, foi o ganhador. Consta mesmo que, numa das cláusulas de seu testamento, pedia que seus poemas nunca fossem reunidos. Parece que até hoje os cearenses cumprem tal determinação, o que não tem impedido o poeta de aparecer em várias antologias nacionais.
Mais de cem sonetos espalhados por várias publicações, o padre Antônio Thomaz começa mesmo a estampar a sua obra dispersa em 1901, através do jornal A República, não tendo mais parado. Não que se empenhasse para publicar, mas porque os admiradores e amigos iam atrás dele em busca de seus sonetos. Romantismo, eivado de simbolismo, às voltas com a forma parnasiana, o poeta não fugiu ao emblemático poético de seu tempo.
O padre Antônio Thomaz nasceu no dia 14 de setembro de 1868, em Acaraú. Raimundo de Menezes registra Antônio Thomaz de Sales, filho do professor Gil Thomaz Lourenço e Francisca Laurinda da Frota. Em Sobral estudou as primeiras letras, latim e francês, entrando para o Seminário de Fortaleza, onde se ordena em 1891.
Tendo feito voto de pobreza, Antônio Thomaz passou praticamente toda a sua vida em paróquias do interior, levando vida modesta e apagada, dedicado à missão, escrevendo versos e cuidando dos passarinhos, como lembra Raimundo Girão. Após o apostolado, não tanto anônimo por causa do ser poeta, Antônio Thomaz vai morar em Santana. A saúde anda precária e se muda para Sobral e, no fim da vida, para Fortaleza, onde morre no dia 16 de julho de 1941.
Foi sepultado na Matriz de Santana. Atendendo os amigos ao seu pedido foi sepultado sem caixão ou lápide para marcar-lhe a sepultura. "Quero ainda que meu corpo seja enterrado sem esquife, e que a pedra da sepultura seja reposta no mesmo plano ficando debaixo do chão, e que não se ponha em tempo algum, sobre ela, nome, data, inscrição ou qualquer sinal exterior que a faça lembrada". Esqueceu-se o poeta, no entanto, de queimar os seus versos, e vive, lembrado e imortal, por causa deles.
Demócrito Rocha, através de sua revista Ceará Ilustrado, em 1924, lançou concurso para saber quem era o Príncipe dos Poetas Cearenses. O padre Antônio Thomaz, sem livro de poesia publicado — colaboração esparsa em jornais e revistas —, foi o ganhador. Consta mesmo que, numa das cláusulas de seu testamento, pedia que seus poemas nunca fossem reunidos. Parece que até hoje os cearenses cumprem tal determinação, o que não tem impedido o poeta de aparecer em várias antologias nacionais.
Mais de cem sonetos espalhados por várias publicações, o padre Antônio Thomaz começa mesmo a estampar a sua obra dispersa em 1901, através do jornal A República, não tendo mais parado. Não que se empenhasse para publicar, mas porque os admiradores e amigos iam atrás dele em busca de seus sonetos. Romantismo, eivado de simbolismo, às voltas com a forma parnasiana, o poeta não fugiu ao emblemático poético de seu tempo.
O padre Antônio Thomaz nasceu no dia 14 de setembro de 1868, em Acaraú. Raimundo de Menezes registra Antônio Thomaz de Sales, filho do professor Gil Thomaz Lourenço e Francisca Laurinda da Frota. Em Sobral estudou as primeiras letras, latim e francês, entrando para o Seminário de Fortaleza, onde se ordena em 1891.
Tendo feito voto de pobreza, Antônio Thomaz passou praticamente toda a sua vida em paróquias do interior, levando vida modesta e apagada, dedicado à missão, escrevendo versos e cuidando dos passarinhos, como lembra Raimundo Girão. Após o apostolado, não tanto anônimo por causa do ser poeta, Antônio Thomaz vai morar em Santana. A saúde anda precária e se muda para Sobral e, no fim da vida, para Fortaleza, onde morre no dia 16 de julho de 1941.
Foi sepultado na Matriz de Santana. Atendendo os amigos ao seu pedido foi sepultado sem caixão ou lápide para marcar-lhe a sepultura. "Quero ainda que meu corpo seja enterrado sem esquife, e que a pedra da sepultura seja reposta no mesmo plano ficando debaixo do chão, e que não se ponha em tempo algum, sobre ela, nome, data, inscrição ou qualquer sinal exterior que a faça lembrada". Esqueceu-se o poeta, no entanto, de queimar os seus versos, e vive, lembrado e imortal, por causa deles.
(in Jornal de Poesia)
Obra
CONTRASTEQuando partimos, no vigor dos anos,Da vida pela estrada florescente,As Esperanças vão conosco à frenteE vão ficando atrás os Desenganos.Rindo e cantando, céleres e ufanos,Vamos marchando descuidadosamente...Eis que chega a velhice de repente,Desfazendo ilusões, matando enganos.Então nós enxergamos claramente,Quanto a existência é rápida e falazE vemos que sucede exatamenteO contrário dos tempos de rapaz:- Os Desenganos vão conosco à frenteE as Esperanças vão ficando atrás!
(Colaboração do Primo José Fabiano, poeta, escritor, trovador, mineiro residente em Portugal.)〰〰〰〰〰〰〰〰
...
Iconografia
Dinorá Tomás Ramos,
sobrinha e afilhada do nosso "Príncipe dos Poetas Cearenses". A edição acima foi realizada pela Tipografia Paulina Editora. Fortaleza - CE 1950. Traz no alto da página de rosto a assinatura de uma possível dona do exemplar número 001288, com o autógrafo da autora, datado de 20/09/950.
A autora em foto no presente livro. A seguir um soneto da mesma homenageando o tio:
Padre Antonio Tomás
(cenas que ficam)
Ao Tio amigo e vate aprimorada,
(agora mais doente, em recaída),
acompanhando vou, na despedida,
que faz aqui, à Sede do Bispado.
Nesse curto trajeto vai calado,
levando ainda a mente perseguida
de alguma doce inspiração nascida
das musas; delas sempre arrebatado.
Desperta, enfim, do êxtase tão forte;
estanca n'alma o estro que fervilha
e, logo, baixa o pensamento à morte.
Uma frase, então, aos lábios seus aflue:
"Como é tão curta a vida, minha filha,
a tanta aspiração que se possue!"
Maio de 1941
&
Resumo biográfico
DINORA TOMAS RAMOS
Professora Dinorah Ramos deixou sua marca registrada na família, na poesia, na educação, na política, no trabalho social, na religião e em outros ramos da atividade humana. Além disso, sua longa existência foi recheada de bons exemplos de filha, sobrinha, esposa, mãe, mestra e amiga, com dedicação extrema ao Bem e à constante evolução do ser humano.
Dinorah Thomaz Ramos nasceu em Santana do
Acaraú no dia 8 de outubro de 1906, sendo seus pais o tabelião Francisco Thomaz
Lourenço e Dona Marieta Farias. Aprendeu as primeiras letras com o pai, que era
poeta, e teve o restante de sua educação acompanhada pelo tio, Pe. Antônio
Thomaz, Príncipe dos Poetas cearenses. Com ele também aprendeu a ler e escrever
em três idiomas e desenvolveu o gosto pela poesia e pela música, chegando a
tocar violino e bandolim.
Desde cedo a pequena Dinorah dava sinais de
sua inteligência e de que seria uma professora por vocação. Já aos oito anos de
idade auxilia sua tia Benvinda na Escolinha particular em Santana; aos
dezesseis, lecionava com dona Mocinha Rodrigues, em Sobral; aos vinte e um
anos, atuava no Grupo Escolar de Acaraú.
A 26 de julho de 1929 Dinorah casou-se com
o farmacêutico guaramiranguense Dr. João Ribeiro Ramos, intelectual de renome,
cujo consórcio durou 61 anos. Durante cinqüenta e três (1936 a 1989) o casal residiu
na cidade de Sobral, enriquecendo-a com sua intelectualidade e com seu exemplo
de vida. Dessa união nasceram dez filhos: Francisco Marcelo (in memoriam),
Francisco Aroldo (in memoriam), Maria Evangelina, Francisco Manfredo, Francisco
Haroldo, Maria Heloísa, nascidos em Acaraú, e Marieta, Joaquina Maria, Tereza
Maria e Francisco Antônio, em Sobral. Todos figuram como destaque em diversas
áreas, dentre as quais, engenharia, medicina, matemática, religião, advocacia,
indústria e magistério.
Como poetisa, sua obra dividiu-se entre o
Parnasianismo e o Modernismo. Coube à filha Profª. Tereza Ramos enfeixar em
forma de CD vinte e cinco dos principais poemas. Dinorah Ramos publicou dois
livros: :Padre Antônio Thomaz - Príncipe dos Poetasî e Anel de Gigesî.
Dotada de forte inspiração e constante
espírito criativo, a poetisa tinha o costume de escrever versos sem nenhum
prévio ritual. Fazia assim em qualquer situação, em qualquer pedaço de papel,
sem o devido cuidado de guardá-lo.
Dinorah é luz, como explica a origem do
próprio nome. Além do grande exemplo de esposa, mãe e amiga, a educadora deixou
uma enorme lista de serviços prestados à educação. Constata-se isso na sua
passagem pelas escolas de Santana do Acaraú; nas da cidade de Acaraú; em
Sobral, no Ginásio São José, nos colégios Santana e Estadual D. José Tupinambá
da Frota, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (Faculdades de Filosofia e
Ciências Contábeis) e na Academia Sobralense de Estudos e Letras (ASEL). Nela,
Dinorah Ramos ocupou a Cadeira nº 27, cujo patrono é o poeta Antônio Sales.
Atualmente é ocupada pela educadora e psicopedagoga, Professora Tereza Maria
Ramos Fonteles, filha da poetisa.
Também foi marcante a atuação de Dinorah
Ramos na imprensa da região, tendo colaborado em vários jornais: O Acaraú,
Gazeta de Notícias e Correio da Semana, dentre outros. Mulher de força e fé
demonstradas em suas ações e pioneira na política ao tornar-se a primeira
mulher eleita vereadora no Ceará. Em 1934 foi eleita à Câmara Municipal de
Acaraú; Em 1958, já em Sobral, repetiu o feito, elegeu-se para cumprir o
mandato de 1959 a
1962, tornando-se pioneira em ambas as cidades. Também teve destacada atuação
nos clubes de serviço locais, nos movimentos familiares cristãos, além do
valoroso trabalho como voluntária de São Francisco. Por último, numa grande
prova de amor à Cultura, chegou a formar-se em Direito na terceira idade, já
avó. Esse feito serviu de magnífico exemplo e incentivo para pessoas de todas
as faixas etárias, da família ou não.
A professora e poetisa Dinorah Thomaz Ramos
faleceu aos 83 anos, em Fortaleza (CE), no dia 29 de agosto de 1990, sendo
sepultada no Cemitério Parque da Paz daquela capital. Seu esposo, Dr. João
Ribeiro Ramos, faleceu aos 94 anos, em 12 de maio de 2000, em Fortaleza, onde
também está sepultado.
Homenagens:
Em Sobral, a célebre educadora empresta seu nome à Rua Poetisa Dinorah Thomaz Ramos (CEP-62030-470), localizada no Bairro do Junco. Ela também é lembrada na Escola Dinorah Tomaz Ramos, localizada na Rua Pintor Lemos, no Bairro da Santa Casa e o terceiro piso da Câmara de Vereadores recebe o seu nome. Ainda em Sobral, anualmente a Câmara concede o Diploma Mulher Admirável Dinorah Thomaz Ramos a mulheres que se destacam atuando em prol da comunidade.
Em Sobral, a célebre educadora empresta seu nome à Rua Poetisa Dinorah Thomaz Ramos (CEP-62030-470), localizada no Bairro do Junco. Ela também é lembrada na Escola Dinorah Tomaz Ramos, localizada na Rua Pintor Lemos, no Bairro da Santa Casa e o terceiro piso da Câmara de Vereadores recebe o seu nome. Ainda em Sobral, anualmente a Câmara concede o Diploma Mulher Admirável Dinorah Thomaz Ramos a mulheres que se destacam atuando em prol da comunidade.
Já em Acaraú,
em 2005 a
Câmara Municipal também instituiu a comenda “Poetisa Dinorah Thomaz Ramos”. A
honraria é concedida às mulheres que tem trabalho relevante naquele município.
*...
Jornal de Poesia
http://www.jornaldepoesia.jor.br/pantonio.html
.
Portal Antonio Miranda
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/ceara/antonio_thomaz.html
.
Academia Sobralense de Letras
http://academiasobralense.blogspot.com/2011/03/
.
1 - Texto em pdf da ASL
http://www.academiacearensedeletras.org.br/revista/revistas/1987_88/ACL_1987_1988_19_Amor_e_poesia_vida_Ribeiro_Matos.pdf
.
2 - Texto em pdf da ASL
http://www.academiacearensedeletras.org.br/revista/Colecao_Diversos/ACL_Antologia_1994/ACL_1994_15_Antologia_da_Academia_Cearense_de_Letras_Ribeiro_Ramos.pdf
.
Escola Dinorá Tomás Ramos
https://www.facebook.com/Escola-Dinorah-Tomaz-Ramoz-1469554669983628/?__xts__[0]=68.ARBcIGOzxuRzbkGj2fdFluWVu_iJMane-BMbmQiXuwEqwQmK3g90qlJswPZMUi3cMW9SikeKMQwIwFMekb90gs3xirrE2XTDzfGbYPfwG5zQ9n06ucobX-6gwzpzgsZi7QiL4I8
***
Muito bom o seu trabalho, primo Antônio, meus parabéns. Que esse seu exemplo seja imitado no nosso Brasil e aqui em Portugal.
ResponderExcluir