terça-feira, 3 de maio de 2016

Antonio Americano do Brasil - Escritor Goiano * Antonio Cabral Filho - RJ

Antonio Americano do Brasil -
Escritor Goiano
1892 - 1932
Uma das últimas fotos do escritor
Romanceiro e Trovas Populares,
UFG Editora - 1979 Goiás.
Autor: Basileu Toledo França
Capa: Joaquim Pompeu de Pina - Pirenópolis
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Cancioneiro de Trovas
do Brasil Central
Antonio Americano do Brasil
1ª Ediçao - 1925
2ª edição - 1973
Edição crítica de Basileu Toledo França
Capa de Laerte Araujo
Editora Oriente 1973
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Antonio Americano do Brasil nasceu em Silvânia - Goiás, aos 28 de agosto de 1892 e faleceu em 20 de abril de1932, em Luziânia. Formou-se médico na Faculdade de Medicina da Praia Vermelha, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, em 1917, foi parlamentar, tribuno, escritor e poeta. Sua produção intelectual perpassa sua área profissional, a medicina, e se estende por estudos sobre língua, literatura, história, educação, filosofia, sociologia e folclore. Neste segmento deu especial atenção às criações de natureza popular, colecionando causos, quadras, folguedos, autos e xácaras, chegando a organizar e editar junto com Monteiro Lobato o Cancioneiro de Trovas do Brasil Central, publicado em 1925 sob o selo Graphica Editora Monteiro Lobato; em 1929, surge também o Cancioneiro, aonde inclui as 1001 Trovas Luzianas, obra esta dedicada a Afrânio Peixoto, dada a atenção com que foi recebido por este na Academia Brasileira de letras, tendo esta obra veiculada na Revista da Academia Brasileira de Letras através dos números 131, 132, 133, 134, 135, 136, 139 e 140.

Embora médico, veio a contrair Hanseníase - lepra - no primeiro semestre de 1925, tendo a partir daí se isolado da família para protegê-la da doença. Antes, vale lembrar que aos 23 anos, cursando o quinto período de medicina, contraíra tuberculose, tendo suspenso os estudos para se refugiar no planalto centro em tratamento.
Mas nem ele acreditaria findar a sua vida em troca de uma virgindade, o que sucedeu em 20 de abril de 1932, quando de manhã pelas 7 horas, A. G., agrônomo acusado ninguém sabe por quem, invadiu o recinto onde se encontrava o perito  - Dr Americano do Brasil foi nomeado para atestar se a tal menina tinha ou não sido deflorada pelo dito cujo sujeito - da dita "vítima", e o interpela violentamente, e, sacando do revólver que trazia na cinta, alveja-o a queima-roupa, seguindo-se mais cinco tiros, pondo fim à vida de um dos nossos maiores pesquisadores da cultura popular centroestina do Brasil.

Sobre ele, a melhor referência que tenho é Antonio Miranda:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/goias/antonio_americano.html 
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