sexta-feira, 16 de junho de 2017

Antonieta Borges Alves, desde Cruzeiro - SP * Antonio Cabral Filho - RJ

Antonieta Borges Alves, desde Cruzeiro - SP
232 Poetas
Paulistas: 
Antonieta Borges Alves é agraciada com a publicação do Soneto Felicidade:

Felicidade - único motivo
da labuta de toda a humanidade!
Por ela se debate o fraco, o altivo...
Mas afinal, o que é Felicidade?

- Se dos destinos ela é objetivo,
é direito dos seres, que não há-de
faltar para ninguém, eu não me esquivo
de ter por alicerce esta verdade:

Felicidade é ter discernimento,
recusar o supérfluo da medida,
simplificando o jeito de viver.

e, consistindo no desprendimento,
felicidade - é não querer da vida,
mais do que a vida pode conceder.
*
Folhas de Trevo
 Elegia de Maio

Elegia de Maio", uma ternura
que se debruça sobre a sepultura
se minha mãe surgisse de repente,
com seu sorriso, o seu olhar amigo
repleto da mais vívida ternura.

Beija-la-ia exageradamente;
eu que tão só por esta vida sigo,
eu que conheço quanto ela foi pura!

Ela, porém, não sente meu encanto,
nem mais precisa da carícia bela...

Então meu beijo se transforma em pranto,
e se derrama sobre as cinzas dela!...
*
Lírios de Pedra
1966
*
Esposa de Pastor

Acompanhando o esposo em suas lides,
aqui, ali, além, onde Deus quer,
a esposa do pastor é a mulher forte,
o verdadeiro exemplo de mulher!

Ser esposa, meu Deus, é tão difícil!
Quanto mais ser esposa de pastor!
Ele, em seu ministério, o que seria
sem esse misto de mulher e flor?

Ela é aquela que ora, canta, vive
espalhando entre os crentes a esperança;
tem mãos para servir, serve contente,
é a heroína do lar que não se cansa!

Pois, neste dia de alegria tanta,
entre orações e cânticos, e flores,
roguemos ao Senhor que abençõe muito
as esposas de todos os pastores.

Minibio

Antonieta Borges Alves, 
paulista nascida em Cruzeiro a 18 de setembro de 1906. É professora, jornalista, contista e poetisa, integra a Antologia 232 Poetas Paulistas, organizada por Pedro de Alcântara Worms e tem dois livros publicados: Lírios de Pedra lançado em 1966 e Folhas de Trevo, sem registro de data. Além disso, encontramos referências suas no Portal Falando de Trovas: 
http://falandodetrova.com.br/antonietaborges 

Sobre ela diz Pedro de Alcântara Worms:
Na internacionalidade
do brinde à Felicidade
há mitos vivas e salves.
- Ser feliz... oh! que vontade!..
...É simples, ouça a verdade
de Antonieta Borges Alves.
*

quinta-feira, 15 de junho de 2017

EU * Antonio de Pádua Elias de Sousa - MG

Eu


Poderia ser Eufrásio,
Euleotério, Euzébio,
Ou ainda, Eugênio,
Mas sou simplesmente, “eu”.
Eu me alegro e sorrio.
Eu entristeço e choro.
Eu, no sofrimento, canto,
E seus efeitos espanto.
Eu escrevo e leio.
Eu trabalho e divirto.
Eu, na minha gande fé, rezo
E pelos meus eu prezo.
Eu, agrado e magoo.
Eu reconheço e me desculpo.
Eu, ainda, não setenta,
Mas sete vezes perdoo.
Eu acerto.
Eu erro.
Eu, não sou perfeito,
Mas, me acho um bom sujeito.
Eu acredito e aconteço.
Eu, na oportunidade, apareço.
Eu não preciso de ter,
Eu, mais valorizo o ser!
Eu vim.
Eu vou.
Eu sei.
Eu sou.
Eu amo.
Eu, não odeio.
Eu agora confesso.
Sou, diariamente, progresso.
Eu, vivo e faço a história.
Eu morro e fica a memória.
A família é o maior patrimônio.
“Eu”, me chamo Antônio.
                                                                      Antônio de Pádua Elias de Sousa      

                                                                                        07/02/11   

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MiniBio


Antonio de Pádua Elias de Sousa –
 Formiga – MG,

Membro da Academia Formiguense de Letras – AFL,
formado em administração, blogueiro, casado,
três filhos, poeta e trovador, milita na imprensa
literária local e nacional, participa de concursos
e integra várias antologias nacionais, entre elas a Antologia Poética Poesia Pau Brasil. Soma 58 anos.

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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Voto Em Branco * Antonio Pádua Costa - SP

Antonio Pádua Costa - SP
*
Voto Em Branco
"Ora (direis) votar em branco! Certo
perdeste o senso!" E eu vos direi, de pronto,
que assim votando ( "chi lo sá") decerto
não fui na onda, nem caí no conto.

E receando dar meu voto tonto,
assim à toa, a um candidato esperto,
não quis votar, gozando o desaponto
dos candidatos, ao ser este aberto.

Direis agora, amigo: "Isso é despeito,
uma besteira que não adianta nada,
nem prejudica a apuração do pleito!"

Eu vos direi, pois gosto de ser franco!
"Não tenho fé mais nessa "macacada",
eis o motivo por que voto em branco!"

Minibio

"Poeta Antonio Pádua Costa, paulista, antes de 1947, - ano da sua morte - pregou o VOTO EM BRANCO!!! Qualquer semelhança com os tempos atuais é mera coincidência" Leiam!!!" - Antonio Miranda, poeta, escritor e editor do Portal Antonio Miranda.

APC nasceu em Pindamonhangaba a 24 de Janeiro de 1900 e faleceu a 06 de agosto de 1947. Parodiou espirituosamente Olavo Bilac e Antero Bloem.

Informe bibliográfico: 
Worms, Pedro de Alcântara. 232 Poetas Paulistanos. Rio de Janeiro, Editora Conquista 1968, página 497.