sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Literatura Não É Documento/Ana Cristina César * Antonio Cabral Filho - RJ

LITERATURA
Não É Documento
Autor:
Ana Cristina César
Edição
MEC/FUNARTE 1980
*
Literatura Não É  Documento
é um roteiro; melhor: é um conjunto de roteiros. Por que deste livro é possível tirar-se quantos roteiros se quiser. É que Ana Cristina César constrói nele uma fonte de pesquisa para os roteiristas, sobretudo, para cinema. Mas com um pouco de flexibilidade, o estudioso/estudante de roteiros vai conseguir seguir o rumo que bem escolher. 

Gostaria de convidar os interessados a 
refletirem nas palavras da autora:
"Esta pesquisa na verdade começou onde hoje termina: no fichário de filmes documentários sobre autores ou obras literárias produzidas no Brasil e atualmente em circulação. O primeiro movimento da  pesquisa foi assim o de ir ao cinema; espiar esses filminhos; e catalogá-los, anotá-los, pensá-los. Esse movimento, porém,  constitui a base "empírica" e não o objeto da pesquisa. Esse "objeto" não são prioritariamente os filmes  a que andei assistindo mas sim os conceitos  ou representações  do literário que esses filmes, explícita ou implicitamente, acabam utilizando. Que definição de literatura, que visão do autor literário são postas em circulação por esses filmes?  Esta seria a minha pergunta, que de alguma forma pode ser articulada com determinados "projetos politico - culturais": o surto de cultura patrocinado pelo Estado Novo, o projeto cultural militante de esquerda que se intensificou  nos anos 60 e o novo surto de cultura patrocinada que parece pegar no Governo Geisel."

Bom, a partir desse preâmbulo, ela vai explicar a estrutura dos seus roteiros e como elaborou sua concepção. Mas é incrível como os depoimentos sobre os filmes usados por ela como fonte de pesquisa ajudaram-na em sua tarefa. Afinal, Márcio Souza, João Carlos Horta, Heloisa Buarque de Holanda, Sérgio Santeiro e Ana Carolina dão inspiração até pra quem não é do ramo, pois até o "bisonho" aqui foi produzir roteiro para esquetes e peças teatrais, usando os seus exemplos.
*

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Poetas Que Pensaram o Mundo / Adauto Novaes * Antonio Cabral Filho - RJ

Poetas Que Pensaram
O Mundo
Organizador:
Adauto Novaes
Editora Companhia das Letras
Rio de Janeiro - 2005
*
A relação poesia - filosofia é um assunto dos mais instigantes desde sempre. Já nos tempos gregos, os poetas foram expulsos do Paraíso, justamente pelas múltiplas abordagens que eles encontram nas coisas, e isso não faz bem a ninguém que precise de ideias fixas a seu serviço. 
Aqui, ente nós, temos poetas e pensadores envolvidos com essa discussão, entre os quais Antonio Cícero e Adauto Novaes, só pra citar dois, dos tantos que considero importantes.
O meu desejo com a apresentação do livro acima, Poetas Que Pensaram o Mundo é suscitar essa reflexão aos meus mais distintos amigos e leitores, através de seus mais divulgados meios de acesso:
1 - ADAUTO NOVAES
http://www.mutacoes.com.br/conferencista/adauto-novaes/ 
2 - ANTONIO CÍCERO
http://antoniocicero.blogspot.com.br/ 
*

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Poesia Negra No Modernismo Brasileiro/ Benedita Gouveia Damasceno * Antonio Cabral Filho - RJ

Poesia Negra
No Modernismo 
Brasileiro
Benedita Gouveia Damasceno
Pontes Editora 1988
*
ANOTEM:
"um dos principais fundamentos do nosso Modernismo consistiu na valorização dos elementos etnicos primitivos que constituem a verdade brasileira. Portanto a cultura negra como a indígena e até mais do que a indígena tinha de encontrar, como encontrou, uma receptividade, um estímulo da parte dos nossos artistas e cientistas, que possibilitaram positivamente uma reabilitação do negro e uma conseqüente descoberta de suas qualidades. Cassiano Nunes"

SAIBA MAIS
1 - http://observatoriodonegro.org.br/ 
2 - http://www.afropress.com/default.asp 
3 -Poesia Negra Brasileira - Zilá Bernd - Google Books
*

sábado, 31 de outubro de 2015

Modernismo E Modernidade/Ledo Ivo * Antonio Cabral Filho - RJ

Modernismo E Modernidade
Ledo Ivo - Alagoas
***
Modernismo E Modernidade, Ledo Ivo, Livraria São José Editora - 1972, Rio de Janeiro. 

O livro acima é quase um opúsculo, não fosse o tratamento dado a ele pela editora, que reduziu o tamanho do livro para aumentar-lhe o volume. São apenas oitenta e quatro páginas, aonde o autor passa o modernismo e seu conceito no pente fino, faz uma análise do que rolou na Semana de Arte Moderna de 1922 e seus desdobramentos, ao longo das 4/5 décadas seguintes e desfaz a euforia de certas vanguardas metidas a avançadinhas.

Longe de entrar na polêmica do A ou do B,  não estou aqui para apoiar ou desprezar o legado de Ledo Ivo, mas convidar a todos pra conhecer as posições sobre o que seja Modernismo, Modernidade, sobretudo no que diz respeito ao campo da estética literária, que é o campo do autor e também o meu. 

Logo na orelha do livro, o escritor e crítico literário Franklin de Oliveira, destaca:" Só os grandes poetas podem ser grandes críticos literários. Primeiro porque, sendo os magos da forjatura expressiva, podem, como ninguém, penetrar os mistérios da linguagem que constituem o cerne da obra literária: porque não sendo a crítica uma serva da literatura, mas a sua consciência artística, a crítica é, em si mesma, criação - poesias."
A seguir, ele fala da essencialidade na poesia de Ledo Ivo, para ressaltar a sua capacidade crítica, o seu espírito arguto, que lhe deram condições de não se extasiar diante dos assim chamado movimento de vanguarda das artes no Brasil.
E só pra dar um gostinho do tempero litero-gastro-alagoano do bardo, dou-lhes como tira-gosto o primeiro parágrafo do ensaio A Emergência Do Velho; segue:
" O modernismo vive, hoje, os mais belos dias de sua morte. Meio - secular, desfruta de todas as galas pedagógicas e aniversareiras que cercam os movimentos literários já sedimentados, e de curso didático obrigatório. E a comemoração do evento poético-musical-plástico-discursivo que foi a Semana de Arte Moderna, coincidindo com os festejos do 150º  aniversário da nossa independência política, é de molde a instigar juízos, depoimentos e convicções sobre o seu papel providencial.

Finalizando, quero expressar o meu protesto com o que considero "máfia do silêncio" contra a obra de Ledo Ivo, tanto literária quanto ensaística, que sempre buscou desmascarar todas as pseudo-vanguardas artísticas brasileiras, seja por suas incipiências estéticas seja por um falso apoliticismo, que aponta claramente a falta de compromissos artístico-ideológicos de tais grupos. Isso, desde o MODERNISMO, que desaguou em parte "esquerda", em parte "direita integralista".
*
SAIBA MAIS
http://www.releituras.com/ledoivo_menu.asp 
**

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Sic Transit Gloria Artis/Anselm Jappe * Antonio Cabral Filho - RJ

SIC TRANSIT GLORIA ARTIS
O "Fim da arte",  segundoTheodor W. Adorno e Guy Debord. 
Anselm Jappe 
Editorial Centelha Viva
Portugal
*
Debord e Adorno chegam a avaliações opostas quanto ao fim da arte: isto exige uma explicação, considerando-se a afinidade de seus respectivos pontos de partida. Ambos defendem que a contradição entre forças produtivas e relações de produção se reproduz no interior da esfera  cultural; ambos adotam, quanto ao essencial, a mesma atitude diante do desenvolvimento do potencial tecnico e econômico, em que vêem, sem deificá-lo ou condená-lo simplesmente, uma condição prévia - que se superará por si mesma - de uma sociedade libertada.
*

sábado, 24 de outubro de 2015

Francisco De Assis Barbosa / Crítica Literária Humanizada * Antonio Cabral Filho - RJ

Francisco De Assis Barbosa
Crítica Literária Humanizada
1 - Dados Sobre o Autor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Assis_Barbosa 
2 - Francisco De Assis Barbosa Biógrafo
http://www.machadodeassis.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?autor=Sergio+Paulo+Rouanet&infoid=16181&search_by_keywords=17&sid=1021 
*